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sábado, 6 de setembro de 2014
quarta-feira, 7 de maio de 2014
Zoológico humano, 1958 na Bélgica
Foto de um zoológico humano, tirada em 1958 na Bélgica. Há menos de 60 anos, existiam zoológicos como este, onde negros, geralmente africanos, eram expostos para as crianças brancas. Me pergunto se algum dia, sentiremos tanta vergonha em ver animais em zoológicos, quanto sentimos hoje por essa foto.
Para quem não sabe, em zoológicos animais passam cerca de 8 horas por dia expostos e as outras 16h (quando o zoológico fecha e ninguém está olhando) confinados em jaulas minúsculas, sem luz e nenhum espaço para se movimentar. Durante o dia, a maioria é deixada sem comida ou água para “não atrapalhar a vista dos visitantes”. Eles sofrem uma vida inteira, deprimidos, solitários, doentes e mal cuidados, para que as pessoas tenham algumas horas de entretenimento e tudo isso é financiado pelo seu ingresso.
Diga não à zoológicos. Boicote quem confina e condena centenas de vidas inocentes a prisão, miséria e sofrimento. Não visite, não contribua, não financie.
domingo, 20 de abril de 2014
"A ética protestante e o Espírito do Capitalismo"
O livro "A ética protestante e o Espírito do Capitalismo", se origina da união de dois longos artigos publicados pelo autor nos anos de 1904 e 1905, sendo que no artigo intitulado "Espírito do Capitalismo", o autor retrata suas observações quanto ao fato de em sua maioria, os homens de negócio, os grandes capitalistas, os operários de alto nível e o pessoal especializado do período pertencerem a religião protestante (calvinista), e através do isolamento de suas características em comum e estabelece um "tipo ideal de conduta religiosa", que consiste na elaboração limite de algo, vazio a realidade concreta. Com a publicação da Ética Protestante, o criador da obra literária expõe suas observações visando explicar a existência de algo em quem professa o protestantismo, em particular a doutrina protestante de linha calvinista, que se distingue por santificar a vida diária em contraposição à contemplação do divino, condição que favorece o espírito capitalista moderno, notoriamente o alemão, ou seja, o autor busca idealizar, identificar, o tipo ideal de conduta religiosa, em oposição ao conceito pregado pela Igreja Católica, que na época por meio do conceito da piedade popular e da espera da recompensa na vida após a morte; e a mensagem protestante de linha luterana, que acredita que o homem já nasce predestinado a salvação, condutas que repugnavam a obtenção do lucro e que deste modo iam de encontro ao ideal burguês.
Ao definir propriamente o que seria a ordem econômica capitalista Weber afirma que tal ordem "é um imenso cosmos em que o indivíduo já nasce dentro e que para ele, ao menos, enquanto indivíduo, se dá como um fato, uma crosta que ele não pode alterar e dentro da qual tem que viver. Esse cosmos impões ao indivíduo, preso nas redes do mercado, as normas de ação econômica. O fabricante que insistir em transgredir essas normas é indefectivelmente eliminado, do mesmo modo que o operário que a elas não possa ou não queira se adaptar é posto no olho da rua como desempregado."
Mais adiante em seu livro, Weber cita Pieter de la Cour para exemplificar o raciocínio do povo naquela época em que vivia: " [...] o povo só trabalha porque é pobre, e enquanto for pobre." Nesta breve citação, extrai-se algo extraordinário, que é dito por Weber anteriormente. Se o indivíduo tiver que trabalhar mais para poder ganhar mais, ele prefere trabalhar o mesmo tanto para continuar ganhando aquilo que ele já ganhava. Ou seja, a pessoa vai procurar trabalhar o mínimo possível para garantir o seu bom sustento e ter como comer e dormir. A ética protestante veio mudar este raciocínio, dizendo que a salvação do indivíduo estaria relacionada com o quanto que ele ganhava, o tanto de dinheiro que possuía, instruindo assim a relação com o capitalismo.
Max Weber defende o estabelecimento de um raciocínio lógico capitalista, que o mesmo denomina racionalismo; sendo esta leitura realizada através da comparação da Alemanha do período com outros países civilizados do planeta em condição de desenvolvimento semelhante, ou seja, com existência do capitalismo e de empresas capitalistas, sendo identificado na primeira uma estrutura social, política e ideológica ímpar, que pode se ditar como a condição ideal para o surgimento do capitalismo moderno, que no seu interior defende a paixão pelo lucro como demonstração de prosperidade, fé e salvação. Neste contexto o autor expõe através do emprego do método e da pesquisa científica uma das várias facetas do capitalismo, o capitalismo ocidental, apresentando em sua obra científica como as principais características do Sistema Capitalista a organização capitalista racional do trabalho livre, a separação dos negócios da moradia da família e a implementação da contabilidade racional; da qual se origina a classe burguesa ocidental ligada estreitamente à divisão do trabalho.
Referências
- Ir para cima↑ The Protestant ethic and the "spirit" of capitalism and other writings. [S.l.]: Penguin, 2002. ISBN 978-0-14-043921-2 Página visitada em 21 August 2011.
- Ir para cima↑ Kim, Sung Ho (Fall 2008). Max Weber. The Stanford Encyclopedia of Philosophy. Metaphysics Research Lab, CSLI, Stanford University. Página visitada em 21 August 2011.
- Ir para cima↑ ISA - International Sociological Association: Books of the Century. International Sociological Association (1998). Página visitada em 25-07-2012.
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