sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Pastor mostra como é facil enganar os fieis

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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A IGUALDADE EM DEUS

A igualdade em Deus

(Publicado em 29/outubro/2013 no Jornal do Pontal, Ituiutaba-MG)
igualdade é um sonho da humanidade, mas que está mais para utopia nos moldes da sociedade atual. Isso porque os parâmetros usados como referência são todos frágeis. Toma-se, por exemplo, a riqueza para nivelar as pessoas. Eu sou igual ao meu vizinho, se tenho um carro igual ao dele. Eu sou igual ao meu amigo, se viajei para o exterior como ele fez. Nesse aspecto os jovens são as maiores vítimas, até porque são mais vulneráveis aos apelos de marketing do mercado consumista. A garota só vai à festa se a mãe lhe comprar uma bota como a da coleguinha. O filho quer um celular, recém-lançado, porque todos os colegas da escola o têm. O ideal é que se mudasse o referencial de nivelamento. E nessa tarefa as instituições, tais como a educação, a religião e a família têm muita responsabilidade. É preciso que se incuta nas mentes juvenis, a importância e solidez de valores outros que são mais perenes ou eternos. Se conseguíssemos gradativamente despertar o interesse pela honradez, pela retidão de caráter, pela nobreza de comportamento, pela solidariedade etc. podíamos, quem sabe, virar o jogo.
É importante, o suficiente para termos uma vida digna, mas de maneira igualitária. Claro que resguardando o direito do conforto advindo do esforço pessoal, da eficiência e dedicação. Porém com as mesmas oportunidades e eliminando-se o ganho fácil, indevido, inescrupuloso e criminoso, como, e principalmente, acontece com a maioria dos políticos nas três esferas da governabilidade.
Sabemos que o conceito de uma sociedade igualitária nos remete ao iluminismo. Aparece, nessa época, com a intenção já de nivelar nobreza, clero, burguesia e escravos. Atualmente o conceito se estende para os direitos sociais em geral, priorizando as minorias. O perigo está na pulverização da sociedade em minorias tantas que a maioria desaparece e com ela a tão sonhada igualdade. A esse respeito vejamos o que diz o grande e respeitado jurista brasileiro, professor Ives Gandra: “Hoje, tenho eu a impressão de que o "cidadão comum e branco" é agressivamente discriminado pelas autoridades e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que sejam índios, afrodescendentes, homossexuais ou se auto-declarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos. Assim é que, se um branco, um índio ou um afrodescendente tiverem a mesma nota em um vestibular, pouco acima da linha de corte para ingresso nas universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles. Em igualdade de condições, o branco é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior.”  
Acredito mesmo que, na dúvida, temos um referencial maior e claro para nos tornarmos iguais. Pois temos Deus. Criador e Pai que nos fez inicialmente iguais. Basta só nos entendermos, nos sentirmos e nos comportarmos como irmãos.
José Moreira Filho
 (www.josemoreirafilho.com.br)

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

MUDANÇAS

MUDANÇAS
(Publicado em 15/outubro/2013 no Jornal do Pontal, Ituiutaba-MG)
Embora muitas vezes não queiramos ou nem percebamos, mas as mudanças existem e devem mesmo existir para acompanhar a própria lógica da vida. O homem realizado, ou que se diz realizado, na verdade está morto. Está morto para a dinâmica da vida. Se o mundo está em constante transformação, tanto social, geográfica ou espiritualmente, e se eu sou um ser social engajado historicamente, são inevitáveis as minhas mudanças pessoais. O que me convém então é uma questão de definição, devo definir eficientemente a minha trajetória, o que quero da vida, levando em conta todas as mudanças exteriores e então posicionar o foco sobre essa realidade. Mas é de suma importância ter clareza nas decisões, lembrando que eu tenho o direito de errar, mas não o de desistir. Devo ter posições definidas, mas não necessariamente definitivas.
Todo empreendimento para dar certo carece de planejamento, e qual empreendimento é mais importante que a vida? E nesse sou eu que tomo as decisões, pois os riscos sou eu que corro. Sou eu que assumo o custo-benefício. Portanto é necessário um bom planejamento a curto, médio e longo prazo, precisando para isso levar em conta meu objetivo e identificar meus recursos, minhas limitações e minha satisfação. Depois é pisar firme no chão sonhando com o possível. Assim, no decorrer do percurso vou ajustando meu foco, mudando-o sempre que necessário e possível, lembrando que decepções e perdas fazem parte dessa trajetória. Adequar-me conscientemente às mudanças não quer dizer ser como a folha da bananeira que pende para onde sopra o vento, mas como o girassol que muda sua posição focado na luz.
Talvez não possa interferir nas mudanças ocorridas no mundo, mas posso mudar minha ótica de encará-las, pois na realidade, o mundo é para mim como eu o vejo. E quando os resultados da vida não tem sido satisfatórios, quando não estão me deixando feliz, talvez seja o momento de mudar o foco. Não me esquecendo de que o pensamento é energia que gera ação, portanto, pensar com convicção em conseguir determinado objetivo, é meio caminho andado para o sucesso. Já diziam os antigos: cuidado com o que queres, pois é o que terás.
Nessa reflexão ainda nos é dado considerar que não somo uma ilha, nossas ações estão sempre interligadas com a sociedade em que vivemos, portanto nossa ação pressupõe sempre uma reação e é nesse convívio que surge tantos desencontros, tantas dificuldades, mas também é o momento de seguirmos o exemplo do café que, ao ser submetido a uma água fervente transforma-se em algo delicioso com um aroma singular.
José Moreira Filho (moreira@baciotti.com)

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Textos antológicos sobre religião


“Sem sombra de dúvida, por alguma obscura razão, há alguma coisa que ‘não anda’ em nosso tempo entre o homem e Deus, tal como Deus é apresentado ao homem de hoje. Tudo acontece como se o Homem não tivesse exatamente diante de si a figura do Deus que deseja adorar... Daí, essa impressão obsessiva, por todos os lados, de um ateísmo que cresce irresistivelmente, ou ainda mais especificamente, de uma descristianização ascendente e irresistível.”
DE CHARDIN, P. Teilhard. El porvenir del hombre. p. 320
A palavra “Deus”...
...é a mais carregada de todas as palavras humanas. Nenhuma foi tão manchada, tão dilacerada. Justamente por isso eu não posso renunciar a ela. (...) Os povos, com suas facções religiosas, dilaceraram a palavra. Eles assassinaram em nome dela e morreram por ela. Ela carrega o vestígio e o sangue de todos eles. (...) Não é deixando de lado o termo Deus que nós não poderemos limpar esta palavra e todo o mistério que ela encerra. É, ao contrário, levantando-a do chão e retomando-a para a justiça.
BUBER, Martin. Encontros: fragmentos autobiográficos. Petrópolis: Editora Vozes, 1991. p. 49-50
O Deus que todos levamos,
o Deus que todos fazemos,
o Deus que todos buscamos,
que jamais encontraremos.
Antonio Machado
Sou um não crente
profundamente religioso.
Em alguma forma,
essa é uma nova classe de religião.
Albert Einstein
Deus é o silêncio do universo,
e o ser humano
o grito que dá sentido a esse silêncio.
José Saramago
POR QUE NÃO MUDAS DE DEUS?
Para mudar de vida
tem que mudar de Deus.
Tem que mudar de Deus
para mudar a Igreja.
Para mudar o Mundo
tem que mudar de Deus.
Pedro Casaldáliga
Talvez ‘mudar de Deus’ – por exigência da mesma fé cristã – seja o mais profundo e o mais urgente desafio para as Igrejas cristãs no serviço maior ao Reino, ao Projeto de Deus.
CASALDÁLIGA, Pedro. O macroecumenismo e a proclamação do Deus da vida. In TEIXEIRA, Faustino (Org.). O diálogo inter-religioso como afirmação da vida. São Paulo: Paulinas, 1997. p. 35.
Religião é um sentimento do luminoso, do ‘totalmente outro’, do ‘mysterium tremendum et fascinans’. Rudolf Otto
A religião esconde a face de Deus. Martin Buber
É um sistema de crenças e práticas de que um grupo de pessoas se serve para enfrentar os problemas últimos da vida humana. J. M. Yinger
É a crença em seres espirituais. E. B. Tylor
Religião é o que o indivíduo faz com sua solidão (...) Instituições, igrejas, ritos, bíblias, códigos de conduta... são os adornos da religião, são suas formas passageiras. Alfred N. Whitehead
E a presença no mundo de algo espiritualmente maior do que o próprio ser humano. (...) A meta do ser humano é buscar comunhão com a presença que está por trás dos fenômenos.Arnold Toynbee
A religião é uma ilusão. Sigmund Freud
É o suspiro da criatura oprimida, o sentimento de um mundo sem coração, a alma em um mundo sem alma; é o ópio do povo. Karl Marx
Religião é um sistema unificado de crenças e práticas relativas a coisas sagradas, isto é, coisas separadas e proibidas, crenças e práticas que unem em uma única comunidade, chamada Igreja, todos os que a elas aderem. Emile Durkheim
Religião é um anseio revolucionário, um impulso psicossocial para gerar uma nova humanidade. Aloysius Pieris
Religião é uma coisa para o antropólogo, outra para o sociólogo, outra para o psicólogo (e outra ainda para outro psicólogo!), outra para o marxista, outra para o místico, outra para o zen-budista e outra ainda para o judeu ou o cristão.Existe, por conseguinte, uma grande variedade de teorias religiosas sobre a natureza da religião. Não há, portanto, nenhuma definição universalmente aceita de religião e, possivelmente, nunca haverá. John Hick
As religiões falam com uma autoridade absoluta. Esta autoridade não é expressa somente através de palavras e conceitos, doutrinas e dogmas, mas também através de símbolos e orações, ritos e festas, e isso de forma racional e emocional. As religiões possuem meios para moldar a existência humana não somente de uma elite intelectual, mas também de amplos segmentos da população. E isso de uma forma historicamente experimentada, culturalmente adequada e individualmente concretizada. A religião não pode possibilitar tudo, mas ela pode abrir e proporcionar um ‘mais’ em termos de vida humana.
– A religião consegue transmitir uma dimensão mais profunda, um horizonte interpretativo mais abrangente diante da dor, da injustiça, da culpa e da falta de sentido. Ela consegue também transmitir um sentido de vida último perante a morte: o sentido de onde vem e para onde vai a existência humana.
– A religião consegue garantir os valores mais elevados, as normas mais incondicionais, as motivações mais profundas e os ideais mais elevados: o sentido (porque) e o objetivo (para que) de nossa responsabilidade.
– Através de símbolos, rituais, experiências, objetivos comuns, a religião consegue criar uma pátria de confiança, da fé, da certeza, do fortalecimento do eu, do abrigo e da esperança: uma comunidade e uma pátria espiritual.
KÜNG, Hans. Projeto de ética mundial: Uma moral Ecumênica em vista da sobrevivência humana. São Paulo: Paulinas, 2001. p. 81-82.
No mundo moderno é a religião uma força central, talvez “a” força central que motiva e mobiliza as pessoas... O que finalmente conta para elas não é a ideologia política ou o interesse econômico. Convicções religiosas e família, sangue e doutrina são as realidades com as quais as pessoas se identificam e em função das quais lutam e morrem.
HUNTINGTON, Samuel P. In Foreign Affairs, Nova York, nov-dec 1993, p. 186-194.